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Terremoto de 7,8 no Passo Drake aciona alerta de tsunami em Cabo de Hornos
Um terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter sacudiu a região do Passo Drake, ponto estratégico entre os oceanos Pacífico e Atlântico, ao sul do Chile. O epicentro ficou a 10 km de profundidade e, quase imediatamente, o SENAPRED (Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres) acionou o Sistema de Alerta de Emergências (SAE) para proteger a fronteira antártica chilena.
Contexto geográfico e sísmico
O Passo Drake sempre foi conhecido pelos geólogos como uma zona de subducção complexa, onde a placa de Nazca mergulha sob a placa Sul‑American. Essa “costura” tectônica explica porque a região está entre as mais ativas do planeta, embora sua localização remota dificulte a observação direta.
Para colocar em perspectiva, o último grande evento na zona foi o terremoto de Valdivia em 1960 – o mais potente já registrado na história. O sismo de 2025, embora menor, ainda foi suficiente para gerar temores de tsunami, sobretudo nas bases de pesquisa instaladas em solo antártico.
Desdobramentos imediatos
Com apoio do SHOA (Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha) e do CSN (Centro Sismológico Nacional), o SENAPRED declarou Alerta Vermelha por tsunami para a comuna de Cabo de Hornos. A ordem foi clara: evacuar imediatamente as áreas costeiras da Antártica chilena.
O SAE disparou às 17:47 h, enviando mensagens de aviso para as bases de pesquisa de Base Prat, Base Frei e Base Fildes. As primeiras ondas de tsunami estavam previstas para alcançar a Base Prat às 18:20 h.
Nas medições de intensidade (Escala de Mercalli), a Base Frei registrou nível VI – “sentido por quase todos, alguns objetos deslocados”, enquanto as bases Fildes e Prat ficaram em nível IV – “leve abalo, poucos danos”.
Surpreendentemente, o SHOA cancelou o estado de precaução às 18:40 h, após constatar que o nível do mar não apresentava variações relevantes. Minutos depois, o SENAPRED revogou a Alerta Vermelha.
Reação das autoridades e da comunidade científica
O diretor do SENAPRED, Carlos Rojas, afirmou que “as equipes de monitoramento trabalharam em tempo recorde, garantindo a segurança das equipes antárticas”. Ele ainda lembrou que a zona é pouco habitada, mas que a cooperação internacional é vital para evitar catástrofes.
Pesquisadores da Base Prat relataram que, apesar do susto, nenhuma estrutura foi danificada. “Foi como sentir um carro passando perto”, comentou a bióloga da estação, Ana Silva.
A Marinha de Guerra do Peru, que mantém postos de vigilância ao largo da costa sul, também intensificou o monitoramento marítimo, como medida preventiva diante da possibilidade de ondas transoceânicas.
Impacto e números relevantes
- Magnitude do sismo: 7,8 ML
- Profundidade: 10 km
- Horário local: 17:30 h (10/10/2025)
- Alerta de tsunami: 17:47 h – 18:40 h
- Intensidades: VI (Base Frei), IV (Base Fildes e Prat)
Além do evento principal, o CSN registrou três abalos secundários menores ao longo do dia, todos abaixo de magnitude 3,6, dispersos entre a região de Paposo e a zona de Mina Los Pelambres.
O que vem a seguir?
O SENAPRED mantém o monitoramento contínuo da zona sísmica e reforçou que “qualquer nova atividade será imediatamente comunicada às bases antárticas”. Na próxima semana, está prevista uma reunião técnica entre o CSN, o SHOA e representantes de países signatários do Tratado Antártico, para avaliar possíveis atualizações nos protocolos de alerta.
Especialistas em sismologia da Universidade de Chile sugerem que a região do Passo Drake pode estar entrando em um ciclo de atividade mais intenso, mas alertam que previsões precisas ainda são difíceis de fazer.
Histórico de alertas de tsunami no Chile
Desde o desastre de 1960, o Chile aprimorou seu sistema de alerta de tsunami várias vezes. O SENAPRED, criado em 2002, evoluiu para integrar dados de satélite, boias marítimas e redes de sismógrafos. O caso de 2025 reforça a importância de manter essas estruturas operacionais, sobretudo em áreas de difícil acesso como a Antártica.
Perguntas Frequentes
Qual foi a magnitude exata do terremoto no Passo Drake?
O sismo registrou magnitude 7,8 na escala Richter, com profundidade de 10 km, segundo o Centro Sismológico Nacional (CSN).
Quem coordenou a resposta de emergência em Cabo de Hornos?
A coordenação ficou a cargo do SENAPRED, que ativou o Sistema de Alerta de Emergências (SAE) e trabalhou em conjunto com o SHOA e o CSN.
Houve realmente tsunami nas bases antárticas?
Não. O SHOA cancelou o estado de precaução após confirmar que o nível do mar não apresentou variações significativas, evitando o risco de ondas.
Quais outras regiões do Chile sentiram tremores após o evento?
Ao longo do mesmo dia, o CSN registrou abalos menores de magnitude 2,5 a 3,6 nas áreas de Paposo, Mina Los Pelambres e nas proximidades de Ollagüe, mas nenhum causou danos relevantes.
O que os especialistas dizem sobre a atividade sísmica futura no Passo Drake?
Pesquisadores da Universidade de Chile apontam para um possível aumento de frequência sísmica na região, mas ressaltam que ainda não há consenso sobre a magnitude dos próximos eventos.
Júlia Rodrigues
outubro 12, 2025 AT 03:15Mais um alerta de tsunami que nunca tem nada de relevante, só mais barulho pra mídia.
Raphael Mauricio
outubro 12, 2025 AT 04:21O sismo realmente sacudiu a região, mas a rapidez da resposta das equipes evitou qualquer tragédia maior.
Heitor Martins
outubro 12, 2025 AT 05:28E ainda assim tem gente que acha que o oceano tá de boa, mas o mar nem sempre perdoa, viu.
Anderson Rocha
outubro 12, 2025 AT 06:35A magnitude foi alta, porém a profundidade limitada reduziu o impacto.