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Ex‑participantes acusam Power Couple Brasil de manipulação e voto suspeito

Ex‑participantes acusam Power Couple Brasil de manipulação e voto suspeito

Quando Anna Clara Maia e André Coelho subiram ao palco do Power Couple Brasil em 2019, ninguém imaginava que, oito anos depois, eles estariam na linha de frente de uma polêmica sobre manipulação de reality shows. No podcast PodDelas, o casal revelou que, durante a quarta temporada, foram vítimas de mudanças de regras e imunidades impostas pelos bastidores da emissora Record. Eles afirmam que só não foram eliminados porque "não dava" – estavam sempre imunes, segundo a própria declaração de Anna Clara.

Histórico do programa e as primeiras denúncias

A quarta edição de Power Couple Brasil São Paulo chegou ao público em maio de 2019, com Nicole Bahls e Marcelo Bimbi levando o troféu. Anna Clara Maia e André Coelho ficaram em terceiro lugar, mas, como relataram, ao longo da competição perceberam que o formato das provas e as votações eram, muitas vezes, arbitrários.

"Power Couple é ridículo de manipulado. É patético", desabafou Anna Clara no podcast, acrescentando que "estávamos sempre imunes". A acusação, embora forte, não recebeu até o momento uma resposta oficial da Record, que até então mantinha silêncio diante das alegações de 2019.

Erro de votação na sétima temporada (2025)

O caso ganhou nova energia em 8 de maio de 2025, na Power Couple Brasil 7 São Paulo. Durante a eliminação de Diego Superbi e Giovanna Menezes, a tela informou "Giovanna e Diego eliminados com 40,00%" antes mesmo de o apresentador confirmar o resultado.

A seguir, o programa mostrou outra porcentagem – 26,00% – e, depois, corrigiu para 26,25%, que foi o valor oficial. Usuários do X (antigo Twitter) inundaram a rede com críticas: "Não era esse o resultado", "Acho manipulação" e "Manipulação pura!".

O erro não foi apenas um deslize técnico; ele reacendeu o debate sobre a transparência das votações, já que o método usado permite que o público vote para manter os casais, e não para eliminá‑los. Mostrar apenas a porcentagem final, em vez das três totais, deixou espaço para suspeitas de “ajuste” de resultados.

Reclamações de participantes da temporada atual

Na mesma edição, Cris e Kadu, que ainda estavam no jogo, também levantaram dúvidas sobre a chamada "Quebra‑Power". Em conversa na cozinha, Cris disse: "Tô com medo, porque essa Esfera foi meio que, na minha opinião pra ajudar eles, entendeu?" Ela suspeitou que a esfera que concedia poder fosse destinada a quem fosse mais citado pelos concorrentes, citando Nat e Eike como potenciais beneficiados.

Segundo Cris, nas semanas anteriores, o poder era distribuído por sorteio, mas, naquele momento, o casal que recebeu a maioria das menções – Nat e Eike – acabou ganhando a esfera. "Já sabendo que ia ficar com eles, o poder que tá ali dentro pode ser pra favorecer eles", completou.

Essas falas alimentaram ainda mais a narrativa de que a produção teria, deliberadamente, alterado regras ao longo da temporada para favorecer determinadas duplas, um ponto que reforça as denúncias de 2019.

Impacto nas redes sociais e reação do público

Impacto nas redes sociais e reação do público

Em poucas horas, o assunto dominou trending topics no X, TikTok e Instagram. Memes comparavam o programa a um "show de mágica" onde os truques são invisíveis ao público. Um influenciador de TV, Felipe Neto, comentou em seu canal que "se você não pode conferir o resultado completo, como confiar no voto?".

Os fãs mais fervorosos pediram auditoria independente nas votações. Alguns grupos criaram petições online exigindo que a Record abra os números de votação ao público, algo que ainda não foi atendido.

O que vem pela frente? Possíveis desdobramentos

Até o momento, a Record apenas “quebrou protocolo” para editar a transmissão e apresentar o resultado correto, sem admitir falhas sistemáticas. Analistas de mídia apontam que, se a emissora não responder de forma transparente, a confiança do público pode despencar, afetando não só Power Couple Brasil, mas também outros reality shows da grade.

Especialistas em direito do entretenimento indicam que participantes podem buscar indenização por danos morais, caso provem que a manipulação prejudicou sua imagem ou oportunidades profissionais. Ainda não há processos judiciais em curso, mas o clima sugere que as próximas semanas serão decisivas.

Enquanto isso, a produção prometeu “revisar” os procedimentos de votação para as etapas finais. Observadores aguardam se haverá mudança nas mecânicas das próximas “Quebra‑Power” e se as porcentagens serão exibidas de forma completa, como na era pré‑2025.

Contexto mais amplo: integridade dos reality shows no Brasil

As acusações de Anna Clara, André, Cris e Kadu chegam num momento em que outros programas – como Big Brother Brasil e A Fazenda – também enfrentam críticas por supostos editais tendenciosos. Um estudo da Associação Brasileira de Televisão (ABRATEL) mostrou que 42% dos telespectadores acreditam que reality shows são “manipulados”.

Se a Record quiser preservar sua credibilidade, precisará adotar práticas auditáveis, talvez recorrendo a empresas terceirizadas de verificação de votos, como já acontece em concursos de música.

  • Participantes acusam manipulação desde 2019.
  • Erro de votação em 08/05/2025 exibiu porcentagens conflitantes.
  • Reclamações atuais apontam favorecimento nas “Quebra‑Power”.
  • Rede Record ainda não se pronunciou oficialmente.
  • Pressão nas redes sociais pode levar a auditoria externa.
Frequently Asked Questions

Frequently Asked Questions

Quais foram as principais acusações feitas por Anna Clara Maia e André Coelho?

Eles alegam que a produção do Power Couple Brasil alterou regras durante a competição, concedeu imunidades artificiais e manipulou a votação para favorecer determinados casais, tornando o programa "ridiculamente manipulado".

O que aconteceu na votação de 8 de maio de 2025?

A emissora exibiu primeiro que Diego Superbi e Giovanna Menezes foram eliminados com 40,00% de votos, depois mostrou 26,00% e, finalmente, corrigiu para 26,25%. O erro gerou suspeitas de manipulação, já que o percentual apresentado inicialmente era impossível dentro da lógica de votação do programa.

Como os participantes atuais reagiram à dinâmica das "Quebra‑Power"?

Cris e Kadu afirmaram que a distribuição das Esferas de Poder parecia favorecer casais mais citados, como Nat e Eike, e não seguiria o sorteio aleatório usado nas semanas anteriores, sugerindo intervenção da produção.

Qual pode ser o impacto dessas denúncias na audiência da Record?

Se a emissora não esclarecer os processos de votação, pode perder credibilidade junto ao público, refletindo em queda de audiência não só no Power Couple Brasil, mas também em outros reality shows da grade, como o Big Brother Brasil.

Existe possibilidade de ação judicial contra a Record?

Especialistas em direito do entretenimento dizem que participantes podem buscar indenização por danos morais se comprovarem que a manipulação afetou sua imagem ou oportunidades de carreira, embora ainda não haja processos em andamento.

Rogerio Rodrigues

Rogerio Rodrigues

Sou Otávio Ramalho, jornalista especializado em notícias diárias do Brasil. Me dedico a trazer as últimas atualizações para meu público, sempre buscando a verdade e a precisão dos fatos. Além disso, gosto de analisar o impacto das notícias no dia a dia dos brasileiros e escrever artigos que provoquem reflexão.

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1 Comentários

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    Samara Coutinho

    outubro 3, 2025 AT 06:36

    Ao observarmos as denúncias de manipulação no Power Couple Brasil, somos convidados a refletir sobre a própria natureza do entretenimento televisivo; será que a ilusão de escolha não é, em essência, a narrativa que sustenta o espetáculo? Pensar nisso nos leva a questionar quantas decisões são realmente fruto da livre vontade dos concorrentes e quantas são meticulosamente orquestradas pelos bastidores. Cada imunidade concedida parece um presente divino, mas poderia ser apenas uma ferramenta de controle que desvia o olhar do público para momentos de drama fabricado. Quando Anna Clara afirma que "não dava" para ser eliminado, a frase ecoa como um suspiro de quem percebe a invisibilidade dos fios que puxam o enredo. A aparente aleatoriedade das votações se desfaz quando confrontamos a possibilidade de que percentuais exibidos sejam meros números escolhidos para manter a narrativa fluida. Essa manipulação, se confirmada, sugere que a própria confiança do telespectador está sendo vendida a preço de ouro, como um contrato tácito entre emissora e audiência. Como filósofos modernos, devemos nos perguntar: a verdade está naquilo que vemos ou no que nos é ocultado? A história dos reality shows tem repetido esse padrão, ecoando em produções como Big Brother Brasil e A Fazenda, onde o véu da transparência muitas vezes se revela tecido de estratégias ocultas. Se a confiança for corroída, o que resta senão o ceticismo, e a dúvida se transforma em desinteresse, arrastando o público para um abismo de descrença. Por outro lado, a possibilidade de auditorias independentes poderia restaurar a fé no processo democrático que, supostamente, rege esses programas. Contudo, a própria proposta de auditoria já indica que o problema foi reconhecido, embora ainda não se tenha resposta concreta. Assim, a discussão se amplia: não se trata apenas de um reality, mas de como a sociedade lida com a manipulação de informações e o controle de narrativas. A visão de um futuro onde a verdade seja mostrada sem filtros pode ser utópica, mas permanece essencial como guia moral. Em síntese, a manipulação de votações e regras não é apenas um detalhe de produção; é um reflexo de um sistema que privilegia o espetáculo sobre a autenticidade. Cabe a nós, espectadores críticos, permanecer vigilantes e exigir clareza, pois somente assim o entretenimento poderá cumprir seu papel de divertir sem enganar.

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