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Infrações Eleitorais em Rio de Janeiro: Boca de Urna e Distribuição de Santinhos no Foco

Infrações Eleitorais em Rio de Janeiro: Boca de Urna e Distribuição de Santinhos no Foco

Práticas Ilegais nas Eleições Municipais de 2024 no Rio de Janeiro

O cenário das eleições municipais de 2024 no Rio de Janeiro foi marcado por práticas que desafiam a legislação eleitoral brasileira. Duas situações em particular chamaram atenção: a chamada "boca de urna" e a distribuição dos "santinhos". Estas ações, por mais que façam parte do imaginário popular em torno do dia de votação, são estritamente ilegais e passíveis de punição severa. No domínio da justiça eleitoral, esse tipo de comportamento não é tolerado, pois compromete a lisura e imparcialidade do pleito.

O Flagelo dos Santinhos em Dias de Eleição

Imagens capturadas pela rede de televisão TV Globo ilustraram bem a situação na Penha, um bairro do Rio de Janeiro onde se esperavam cerca de 9.500 eleitores. No Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade, testemunhas oculares e imagens de vídeo flagraram pessoas distribuindo santinhos, pequenos pedaços de papel que carregam a imagem e número do candidato, literalmente a poucos passos do local de votação. Pelo menos duas pessoas foram vistas cometendo este ato, o que levanta preocupações sobre a eficácia das campanhas de conscientização sobre a ilegalidade dessas práticas.

Reiteração da Lei e Punições Severas

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Desembargador Henrique Figueira, foi enfático em reiterar a ilegalidade dessas ações. Ele ressaltou que todo o aparato legal, incluindo juízes eleitorais e forças policiais, está preparado para interceptar e lidar com qualquer infração no decorrer do pleito. O objetivo é garantir que cada cidadão exercite seu direito ao voto de forma consciente e não influenciada por práticas inadequadas.

Responsabilidade dos Candidatos

É importante também destacar que os candidatos, por mais que não estejam fisicamente presentes ou envolvidos diretamente na distribuição do material, podem ser responsabilizados pelos atos ilícitos realizados em seu benefício. A produção e distribuição de material de campanha implicam em uma cadeia de responsabilidades que inclui o controle sobre as ações de seus colaboradores e apoiadores.

Aspectos Legais e Outras Irregularidades

De acordo com as normas vigentes, a distribuição de santinhos, assim como outras práticas de boca de urna, podem resultar em penas que variam de detenção de seis meses a um ano, serviços comunitários, e multas que oscilam entre R$2.000 e R$8.000. Além disso, outras infrações incluem o uso de alto-falantes, a organização de comícios ou caravanas, persuadir eleitores de qualquer forma, além da publicação ou promoção de material novo de campanha nas redes sociais após o início da votação.

Outros Incidentes Pelo País

No contexto mais amplo das eleições de 2024, o Brasil como um todo assistiu a diversos casos de irregularidades eleitorais. A Polícia Federal documentou ao menos 56 prisões relacionadas a crimes eleitorais nesta data, dos quais 18 referem-se à compra de votos e 15 à propaganda irregular. Esses números são um reflexo claro do desafio contínuo que as autoridades enfrentam para preservar o processo democrático em toda a sua integridade.

Em suma, as eleições são um momento de escolha livre e consciente para os cidadãos, e qualquer tentativa de influenciar o resultado por meios ilícitos fere diretamente a base sobre a qual se constrói a democracia. Assim, é vital que tanto autoridades quanto a sociedade civil mantenham-se vigilantes para impedir que tais práticas viciadas ganhem espaço em pleitos futuros.

Rogerio Rodrigues

Rogerio Rodrigues

Sou Otávio Ramalho, jornalista especializado em notícias diárias do Brasil. Me dedico a trazer as últimas atualizações para meu público, sempre buscando a verdade e a precisão dos fatos. Além disso, gosto de analisar o impacto das notícias no dia a dia dos brasileiros e escrever artigos que provoquem reflexão.

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7 Comentários

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    Vanessa Constantinidis

    outubro 7, 2024 AT 00:23
    Eu já vi gente distribuindo santinho na porta da escola, e ninguém faz nada. É triste, mas é real. A gente sabe que é errado, mas quando tá no meio daquilo, parece que todo mundo vira cego.

    É preciso mais educação cívica, não só punição. As pessoas precisam entender que o voto é um direito, não um troco.
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    Luiz Antonio Silveira

    outubro 8, 2024 AT 15:27
    Ah, claro… mais uma vez, a mídia sensacionalista pega um caso isolado na Penha e transforma em ‘crise democrática’. Será que alguém já ouviu falar de São Paulo? Ou de Minas? Aqui no Rio, todo mundo vive de drama eleitoral…

    Enquanto isso, os verdadeiros problemas - como a educação pública falida e a segurança - são ignorados. Mas claro, é mais fácil falar de santinho do que de sistema educacional colapsado.

    É patético. E, por favor, parem de usar ‘boca de urna’ como se fosse um termo técnico. É só gente fazendo campanha. Nada mais.
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    Karllos Kall

    outubro 9, 2024 AT 03:56
    Isso é o que dá quando deixa os vagabundo solto. Se eu tivesse poder, mandava todo mundo que pega santinho na porta da urna pra cadeia, direto. Sem julgamento, sem advogado, só botar na cela e esquecer.

    E os candidato? Também punido. Tudo isso é crime de estado, é golpe disfarçado de democracia. Quem faz isso é traidor da pátria. Povo brasileiro tá se esquecendo do que é honra.

    Se não agir agora, amanhã eles vão vender o voto de todo mundo por um pacote de arroz. E aí? Vai chorar?
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    Alline Matricardi

    outubro 9, 2024 AT 23:35
    A democracia não é um jogo de tabuleiro. É um espelho da alma coletiva. Quando alguém distribui um santinho na porta da urna… é como se estivesse colocando uma mão suja sobre o coração do eleitor.

    E nós, que vemos isso e ficamos calados? Somos cúmplices. Não por ação, mas por omissão. A verdadeira corrupção não é a do dinheiro, é a da indiferença.

    Quantas vezes já passamos por isso e não dissemos nada? Quantas vezes já aceitamos o ‘é só um santinho’ como se fosse inocente?

    Essa é a guerra silenciosa. E nós, os que ainda acreditam em algo maior, temos que ser o eco que a sociedade perdeu.
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    Willian lemos

    outubro 11, 2024 AT 23:03
    Acho que todo mundo aqui entende que isso é errado. Mas a gente precisa pensar também no porquê isso acontece. Muita gente pobre, sem acesso a informação, acha que o santinho é um presente. E o candidato? Acha que tá ajudando.

    É uma questão de cultura, não só de lei. A gente precisa de campanhas reais, com gente de verdade falando nas comunidades, nos centros populares, nos grupos de WhatsApp dos moradores.

    Se a gente só punir, a gente não muda nada. Mas se a gente educar, a gente constrói um futuro diferente. E isso é possível. Já vi acontecer em outras cidades.
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    Augusto Rodrigues

    outubro 13, 2024 AT 10:23
    santinho na porta da urna? que surpresa… a policia ta la em cima do mato mas nao ta la na penha? isso é ridiculo. todo mundo sabe que isso rola todo ano e ninguem faz nada. se o tre realmente quisesse, era so colocar 1000 agentes em cada urna. mas nao querem, pq ai o negocio para. e aí quem perde? a gente.
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    MARCIO PRADO

    outubro 14, 2024 AT 02:47
    Tudo isso é só teatro. A lei existe, mas não é aplicada. Eles querem que a gente acredite que estão fazendo algo, mas no fundo, é só para parecer que se importam.

    Se quiserem realmente acabar com isso, tirem os políticos da escola. Proíbam campanha em todo lugar público. E não só no dia da eleição. Façam isso o ano inteiro. Senão, é só fumaça.

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