Leucemia: tudo o que você precisa saber

Se alguém lhe disse que tem leucemia, a primeira reação costuma ser medo e muita dúvida. O que realmente acontece no corpo? Como descobrir a doença a tempo? E o que a medicina oferece hoje? Vamos conversar de forma simples sobre os principais pontos: sinais de alerta, exames, tratamentos e como lidar com a situação.

Sintomas mais comuns

A leucemia afeta a produção de células sanguíneas na medula óssea. Por isso, os sinais aparecem de forma discreta, mas alguns são recorrentes:

  • Cansaço excessivo: falta de energia mesmo depois de descansar.
  • Facilidade para sangrar ou hematomas: nariz sangra com frequência, gengivas sangram ou surgem manchas roxas na pele.
  • Febre e infecções recorrentes: o organismo tem dificuldade de combater germes.
  • Dor nos ossos ou nas articulações: principalmente nas pernas e nas costas.
  • Perda de peso inexplicada e diminuição do apetite.

Esses sintomas também podem estar ligados a outras doenças, então a única forma de confirmar é fazer exames específicos.

Como é feito o diagnóstico

O médico costuma iniciar com um hemograma completo. Se houver anormalidades como baixa contagem de glóbulos vermelhos, plaquetas ou glóbulos brancos, ele solicita exames mais detalhados:

  • Exame de medula óssea (aspiração ou biópsia) para analisar as células em busca de alterações.
  • Citogenética e PCR para identificar mutações genéticas que ajudam a classificar o tipo de leucemia.
  • Exames de imagem (raio‑X, tomografia) quando há suspeita de invasão de órgãos.

Esses testes são rápidos e, em geral, fornecem um diagnóstico preciso, permitindo iniciar o tratamento o quanto antes.

Opções de tratamento disponíveis

O tratamento varia conforme o tipo (leucemia aguda ou crônica) e a fase da doença. As abordagens mais usadas hoje são:

  • Quimioterapia: usa medicamentos que matam as células cancerosas. Pode ser feita em ciclos curtos ou prolongados.
  • Transplante de medula óssea: substitui a medula doente por uma saudável, geralmente de um doador compatível.
  • Terapia alvo: fármacos que bloqueiam mutações específicas, como inibidores de tirosina quinase.
  • Imunoterapia: estimula o sistema imunológico a reconhecer e eliminar as células malignas, com anticorpos ou células CAR‑T.

O médico avalia a idade, estado de saúde geral e a presença de comorbidades para escolher a combinação ideal. Muitos pacientes hoje conseguem alcançar remissão completa, ou seja, ausência de sinais de doença, e levam uma vida normal.

Além do tratamento médico, o apoio psicológico e a rede de suporte são fundamentais. Conversar com outros pacientes, participar de grupos de apoio e manter hábitos saudáveis ajudam a lidar com os efeitos colaterais e o estresse emocional.

Se você suspeita de algum sintoma ou tem histórico familiar, não deixe para depois: procure um hematologista. Um diagnóstico precoce aumenta muito as chances de sucesso no tratamento.

Agora que você conhece os principais aspectos da leucemia, fica mais fácil identificar sinais, buscar ajuda e entender as opções terapêuticas. Informação é poder – e pode salvar vidas.

Rogerio Rodrigues
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