Quando falamos de manipulação, é a prática de alterar ou direcionar percepções, comportamentos ou decisões por meio de técnicas específicas. Também conhecida como manipulação de conteúdo, ela aparece em diferentes contextos, desde campanhas eleitorais até notícias virais. A informação, dados ou fatos que circulam em canais diversos costuma ser o ponto de partida, porque quem controla a informação consegue moldar a realidade que as pessoas enxergam. Já a mídia, conjunto de veículos de comunicação como TV, rádio, jornais e plataformas digitais funciona como amplificador: quando a mídia reproduz um conteúdo manipulado, ele ganha alcance e credibilidade aparente. Por fim, a opinião pública, conjunto de julgamentos coletivos sobre temas relevantes é o alvo final – a manipulação busca mudar essa opinião para atender interesses específicos.
A relação entre esses elementos forma uma cadeia clara: manipulação de informação influencia a mídia, que por sua vez molda a opinião pública. Esse fluxo pode ser visto nos últimos acontecimentos que publicamos. Por exemplo, o áudio vazado de Mônica Waldvogel gerou um intenso debate político, mostrando como um fragmento de áudio pode ser usado para direcionar narrativas e dividir a sociedade. Da mesma forma, a cobertura do terremoto no Passo Drake ilustrou como informações técnicas podem ser apresentadas de forma a gerar medo ou calma, dependendo da estratégia adotada pelos comunicadores. Em ambos os casos, a manipulação ocorre não apenas na criação do conteúdo, mas também na escolha do que divulgar, como enquadrar e quais emoções despertar.
É importante perceber que nem toda influência é maliciosa. Estratégias de persuasão são rotineiras em campanhas de saúde pública, por exemplo, onde mensagens bem estruturadas ajudam a mudar comportamentos. Contudo, quando o objetivo é favorecer um grupo político ou econômico às custas da verdade, entramos no terreno da manipulação indevida. Exemplos recentes da nossa cobertura – como a controvérsia sobre a anistia política e as discussões sobre o feriado do Dia do Servidor Público – mostram como decisões governamentais podem ser apresentadas de forma a gerar aceitação ou resistência, dependendo da narrativa. A linha que separa informação útil de manipulação costuma estar na transparência dos processos e na disponibilidade de fontes verificáveis.
Na prática, identificar manipulação exige atenção a três sinais: fontes anônimas ou pouco confiáveis, linguagem carregada de emoções e ausência de contexto claro. Quando essas bandeiras aparecem, vale conferir outras coberturas, analisar dados brutos e questionar o motivo por trás da divulgação. Nos artigos abaixo, você encontrará análises detalhadas que desconstroem narrativas, explicam mecanismos de persuasão e apontam onde a informação pode ter sido distorcida. Prepare-se para descobrir como a manipulação permeia diferentes áreas – da política à ciência – e como você pode se proteger contra ela.
Ex‑participantes de Power Couple Brasil acusam a Record de manipular provas e votação. O caso ganhou força com erro de porcentagens em maio de 2025.