Testes HIV: o que você realmente precisa saber

Falar de HIV ainda deixa muita gente desconfortável, mas o primeiro passo para a prevenção é entender o teste. Não tem mistério: o exame serve para descobrir se o vírus está presente no seu organismo e, se for o caso, iniciar o tratamento o quanto antes. Vamos descomplicar tudo?

Tipos de teste e como eles funcionam

Existem três principais maneiras de fazer o diagnóstico:

  • Teste rápido de sangue ou saliva: dá resultado em 15 a 20 minutos, é indicado para quem quer saber na hora. Basta uma gota de sangue do dedo ou uma amostra de saliva.
  • Teste de ELISA (laboratório): coleta sangue de uma veia e pode levar até 7 dias para liberar o laudo. É o padrão-ouro porque tem alta sensibilidade.
  • Teste de carga viral: usado depois de um resultado positivo para medir a quantidade de vírus no sangue. Não serve para o diagnóstico inicial, mas ajuda o médico a acompanhar o tratamento.

Os testes rápidos são ótimos para quem tem pressa ou quer algo discreto. Já o ELISA costuma ser oferecido em unidades de saúde pública, costuma ser gratuito e tem garantia de qualidade.

Quando e onde fazer o teste

Não existe “tempo certo” para se testar. Se você teve relações sem proteção, compartilhou agulhas ou simplesmente quer confirmar seu status, faça o exame o quanto antes. A maioria dos centros de saúde, clínicas particulares e organizações não‑governamentais oferecem o teste, muitas vezes sem precisar marcar hora.

Algumas opções práticas:

  • Unidades básicas de saúde (UBS): gratuitos, confidenciais e com orientação de profissionais.
  • Campanhas de testagem móvel: unidades itinerantes que chegam a universidades, eventos e bairros.
  • Farmácias e drogarias: algumas já vendem kits de teste rápido para uso em casa, com instruções detalhadas.

O importante é escolher um local onde você se sinta à vontade e que garanta a privacidade dos resultados.

Depois de fazer o teste, não se preocupe se o resultado for positivo. Hoje em dia, o tratamento antirretroviral (TAR) controla o vírus de forma tão eficaz que quem segue a terapia tem expectativa de vida quase igual à população geral. Além disso, a carga viral pode ficar indetectável, o que significa que a transmissão é praticamente inexistente.

Se o resultado for negativo, continue se cuidando: use camisinha, faça o teste periodicamente e converse abertamente com parceiros sobre saúde sexual. A prevenção continua sendo a melhor atitude.

Por fim, lembre‑se de que o teste não muda quem você é. É uma ferramenta de autocuidado, assim como a pressão arterial ou o exame de colesterol. Não deixe o medo travar sua decisão; informação e ação são os melhores aliados contra o HIV.

Rogerio Rodrigues
out
15

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Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, foi preso por realizar testes de HIV errados, infectando seis pessoas. A ação integra a Operação Verum, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que cumpriu vários mandados. Outros envolvidos também foram detidos. O governador Cláudio Castro prometeu não deixar crimes desse tipo impunes, enquanto as investigações se aprofundam no suposto erro e falsificação de laudos.