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Sandro Dias quebra recorde mundial ao descer 70 metros em mega ramp no CAFF de Porto Alegre

Sandro Dias quebra recorde mundial ao descer 70 metros em mega ramp no CAFF de Porto Alegre

Um salto histórico na skyline de Porto Alegre

Quando Sandro Dias subiu ao topo do edifício Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) na tarde de 25 de setembro, poucos imaginavam que ele iria redefinir os limites do skate extremo. O atleta, que já coleciona seis títulos mundiais no Vert, decidiu transformar a fachada de 85 metros de altura em uma mega ramp improvisada. O objetivo? Descer a maior distância já registrada em um prédio, algo que só havia sido sonhado por poucos.

O dia começou com experimentos mais cautelosos: descidas de 30, 40 e 50 metros foram feitas para calibrar a velocidade, o ângulo da rampa e a resistência do vento que soprava forte da orla do Guaíba. Cada tentativa serviu como um degrau para o próximo nível, até chegar aos 65 metros, que já batiam o recorde anterior. Mas o atleta não se acomodou; com a presença de oficiais da Guinness, ele aumentou o desafio para 70 metros.

Como foi construída a rampa e quais foram os desafios?

Como foi construída a rampa e quais foram os desafios?

A estrutura da mega ramp foi projetada e erguida especialmente para o evento. Engenheiros montaram uma superfície de 1,5 metro de largura ao longo da fachada, com um ângulo que permitia alcançar velocidades de até 94 km/h. Na base, painéis de espuma de alta densidade foram colocados para absorver o impacto da aterrissagem, reduzindo o risco de lesões graves.

Para chegar ao ponto de partida, Dias utilizou técnicas de rapel, descendo com cordas de segurança até cerca de 70 metros acima do solo. O vento, que chegou a 30 km/h, quase virou o jogo, fazendo o atleta interromper a tentativa por alguns minutos para garantir que a segurança não fosse comprometida.

O prédio, inaugurado em 1987, tem 21 andares e abriga mais de 4 mil servidores públicos, além de ser a sede da Casa da OSPA, com um auditório para 1.100 pessoas. Seu design modernista, inspirado em Brasília, sempre atraiu skatistas locais, mas nunca havia sido usado para um salto desse porte.

Depois de completar a descida de 70 metros, Dias, visivelmente exausto, declarou que havia atingido seu limite e que provavelmente não tentaria nada maior. "Foi tudo muito rápido, muita força G, vento forte… Acho que parei aqui porque já foi mais que suficiente", comentou.

A vitória de Sandro Dias deixa um marco no esporte: ele não só bateu o recorde mundial, como também mostrou que a criatividade e a coragem podem transformar qualquer estrutura urbana em palco de feitos extraordinários. O próximo passo para a comunidade do skate será encontrar novos lugares e desafios, inspirados pela ousadia que hoje ecoa pelos corredores do CAFF.

Rogerio Rodrigues

Rogerio Rodrigues

Sou Otávio Ramalho, jornalista especializado em notícias diárias do Brasil. Me dedico a trazer as últimas atualizações para meu público, sempre buscando a verdade e a precisão dos fatos. Além disso, gosto de analisar o impacto das notícias no dia a dia dos brasileiros e escrever artigos que provoquem reflexão.

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16 Comentários

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    Kim Dumont

    setembro 26, 2025 AT 17:17
    Isso aqui é o que o skate sempre foi: liberdade, criatividade e coragem. Não importa se é um half-pipe ou um prédio de 70 metros - o que importa é o espírito de quem desafia o impossível. 🙌
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    Gabriel Melo

    setembro 26, 2025 AT 22:15
    Você sabe o que isso realmente representa? É o colapso da fronteira entre arte e loucura. Sandro não está apenas descendo um prédio - ele está desmontando a estrutura da realidade que nos obriga a viver dentro de linhas, regras e limites. A mega ramp é uma metáfora da alma humana: quando você para de medir a altura e começa a sentir a queda, aí você realmente voa. E isso? Isso é poesia em motion.
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    Silva utm

    setembro 28, 2025 AT 03:36
    ISSO É FALSO! 🤡 O CAFF NÃO TEM 85M, É 62! E O SANDRO NÃO FEZ NADA, FOI TUDO COM DRONE E CGI! E A GENTE AINDA PAGA IMPOSTO PRA ISSO?! #FakeSkate #Bolsonaro2026
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    Nat Dunk

    setembro 28, 2025 AT 16:51
    A estrutura apresenta uma relação entre coeficiente de arrasto aerodinâmico e velocidade terminal que, considerando a massa do atleta e a densidade do ar em Porto Alegre, sugere uma aceleração média de 8.2 m/s² durante a descida - o que implica uma força G de aproximadamente 1.3G. Isso é significativamente abaixo do limite fisiológico, mas a variabilidade do vento introduz um fator de instabilidade não linear. A engenharia da rampa, apesar da simplicidade aparente, é tecnicamente impressionante.
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    Mário Melo

    setembro 29, 2025 AT 02:50
    Que feito extraordinário. A dedicação, o planejamento, a coragem - tudo isso transcende o esporte. É um testemunho da força do espírito humano. Parabéns, Sandro. 🙏✨
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    Thiago Oliveira Sa Teles

    setembro 29, 2025 AT 05:58
    70 metros? Que vulgar. Em 1998, no Japão, um skatista desceu 120 metros por uma ponte suspensa com vento contrário e sem espuma - e nem sequer foi reconhecido pela Guinness. A indústria do skate está morta, e isso aqui é só marketing para marcas de tênis. Pobreza cultural.
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    Rafael Corrêa Gomes

    setembro 29, 2025 AT 09:43
    Acho que o mais bonito disso tudo é que ninguém pediu permissão. Ele só fez. E o prédio, que era só concreto e burocracia, virou algo sagrado por um momento. A cidade inteira parou pra ver. Isso é o que o skate faz: transforma espaço em significado.
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    Kátia Andrade

    setembro 29, 2025 AT 16:36
    Eu fiquei com os olhos marejados. Só de ver ele lá em cima, sozinho, com o vento batendo no rosto... isso é coragem pura. Meu irmão é skatista e sempre me diz que o skate não é sobre truques, é sobre enfrentar o medo. Hoje eu entendi.
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    Paulo Wong

    outubro 1, 2025 AT 02:08
    Isso é perigo desnecessário!!! E o governo não fez nada??!!??!! O CAFF é patrimônio histórico!!! E o vento??!! E a segurança??!! E o seguro de vida??!! E a criança que viu isso e quer copiar??!! E a família??!! E o futuro??!!
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    Joseph Ajayi

    outubro 1, 2025 AT 05:59
    Ah, claro. Um homem de 40 anos desce um prédio e todo mundo chama de herói. Mas se um adolescente pula de um viaduto pra ganhar likes? "É louco!". Hipocrisia pura. A gente celebra o espetáculo, mas não quer saber do custo humano. E ainda por cima, ele usou espuma? Sério? Isso não é skate. É show de circo com patinete.
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    Juliano soares

    outubro 1, 2025 AT 21:27
    A estética da mega ramp, embora funcional, carece de uma abordagem fenomenológica. A verticalidade do CAFF, enquanto símbolo da burocracia estatal, foi subvertida por uma prática lúdica que, em última instância, revela a tensão entre ordem e caos. Sandro Dias, ao descer, não apenas quebrou um recorde - ele desestabilizou a hierarquia arquitetônica da cidade.
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    Mauricio Dias

    outubro 3, 2025 AT 10:57
    Eu lembro quando a gente fazia rampa de madeira no quintal. Agora é prédio de 70 metros. O skate mudou, mas o sentimento não. É só você se soltar e ir. Nada mais.
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    Jorge Soares Sanchez

    outubro 5, 2025 AT 00:53
    70 metros é pouco. Se fosse de verdade, ele teria descido o Edifício Itália. Ou o Mirante do Vale. Mas não, precisa ser um prédio de governo pra virar manchete. Isso aqui é propaganda disfarçada de esporte. E o vento? 30 km/h? Isso é brisa de domingo. Ele só queria um motivo pra parar. Fraco.
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    Luíza Patrício

    outubro 6, 2025 AT 21:08
    EU NÃO ACHO LEGAL NÃO. ISSO É PERIGOSO E ELE NÃO TEM DIREITO DE FAZER ISSO. ISSO NÃO É SKATE É BURRICE. 🤬😭 #SkateNãoÉTerrorismo
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    Vanessa Constantinidis

    outubro 7, 2025 AT 05:01
    Acho que o mais importante aqui não é a altura, mas o fato de ele ter parado quando sentiu que era suficiente. Muitos não sabem quando parar. Ele mostrou sabedoria. Parabéns por saber o limite - e por respeitá-lo.
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    Kim Dumont

    outubro 7, 2025 AT 13:58
    Vanessa tem razão. O verdadeiro herói não é quem vai mais longe, mas quem sabe quando voltar. Esse é o segredo que o skate ensina - e que o mundo esquece.

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