Se você já viu alguém bater a bolinha rapidinho em uma mesa pequena, está falando de tênis de mesa, também chamado de pingue‑pongue. É um esporte rápido, barato e que pode ser praticado em casa, na quadra ou até na escola. Não precisa ser atleta de elite para curtir – basta uma mesa, duas raquetes e vontade de aprender.
Primeiro, vamos entender a estrutura do jogo. O objetivo é fazer a bola tocar o lado da mesa do adversário sem que ele a devolva. Cada ponto vale 1 ponto e o jogo costuma ser decidido em 11 pontos, com diferença mínima de 2. Se o placar ficar 10‑10, a partida continua até que alguém consiga essa vantagem de 2 pontos.
As regras não são complicadas. A bola deve sempre quicar uma vez no seu lado antes de atravessar a rede. Se ela bater duas vezes ou sair da mesa sem tocar, ponto para o oponente. O saque tem suas peculiaridades: a bola deve ser lançada a pelo menos 16 cm de altura, ficar visível o tempo todo e tocar primeiro no seu lado e depois no lado do adversário.
É permitido usar duas mãos para segurar a raquete, mas a maioria prefere uma só para maior controle. O servidor troca o lado de saque a cada 2 pontos, salvo quando a partida vai para a prorrogação, aí a troca acontece a cada ponto.
Uma coisa que surpreende iniciantes é a contagem de faltas. Se a bola encostar na rede durante o saque e ainda cair no lado correto, o ponto é repetido – isso é chamado de “let”. Caso a bola toque a rede e não caia no lado correto, ponto direto para o adversário.
Raquetes de tênis de mesa variam de nível amador a profissional. Para quem está começando, uma raquete de madeira simples com borracha de controle é suficiente. Elas oferecem mais precisão e menos velocidade, o que ajuda a desenvolver técnica antes de buscar potência.Se quiser evoluir, experimente trocar a borracha. As borrachas de “pico” dão mais spin, enquanto as de “espuma” dão mais velocidade. Lembre‑se de equilibrar: muita velocidade sem controle pode ser frustrante.
Além da raquete, a bola também importa. A oficial tem 40 mm de diâmetro e pesa 2,7 g. Existem versões de plástico mais baratas para treinos informais, mas a bola oficial garante consistência nas partidas.
Uma mesa adequada tem 2,74 m de comprimento, 1,525 m de largura e 76 cm de altura. Se o espaço for limitado, mesas dobráveis funcionam bem, desde que a superfície seja plana e a rede esteja bem tensionada.
Treinar o forehand e o backhand separadamente ajuda a ganhar confiança. Comece batendo a bola em ritmo lento, focando na postura: pés levemente afastados, joelhos flexionados e olhos sempre na bola.
Um exercício simples é o “troca‑bolas”. Cada jogador devolve a bola 10 vezes seguidas sem deixar cair. Isso faz com que você ajuste o timing e aprenda a ler o spin do adversário.
Para ganhar spin, arraste a raquete de baixo para cima ao bater. Quanto mais a raquete raspar a bola, mais efeito ela adquire. Experimente o “topspin” (rotação para frente) e o “backspin” (rotação para trás) em duelos amadores para sentir a diferença.
Não esqueça o condicionamento físico. Corridas curtas, exercícios de agilidade e alongamento aumentam a velocidade de reação. Um corpo ágil responde melhor às bolas rápidas que surgem do outro lado da mesa.
Por fim, assista a partidas profissionais. Ver como jogadores como Ma Long ou Timo Boll se movimentam e posicionam a raquete dá ideias práticas que você pode adaptar ao seu nível.
Com essas informações, você já tem tudo para montar seu cantinho de tênis de mesa, escolher os equipamentos certos e começar a treinar. Lembre‑se: a prática constante é a chave, então jogue sempre que puder e divirta‑se. Boa partida!
O mesa-tenista brasileiro Hugo Calderano sofreu uma derrota nas semifinais da competição de simples masculinos contra o chinês Ma Long. Calderano, que teve desempenhos notáveis no torneio, agora se concentra na disputa pelo bronze, uma meta significativa para o Brasil nas Olimpíadas de Paris.